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Contratos Conscientes® da Agência Clara e Simples

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As sócias sustentam uma agência especializada em consultoria, treinamento e na simplificação de conteúdos variados

Um amigo, um ex-colega de trabalho, um familiar ou até mesmo um investidor. Há diversos perfis de pessoas que desejam ser sócias de um negócio. 

Contudo, compartilhar com o outro, o que quer que seja, vai além de um genuíno desejo de querer estar junto. Vai além, inclusive, do que é preciso saber do ponto de vista jurídico ou contábil, como qual é o papel do sócio, quem assina pela empresa ou como será a distribuição dos lucros.

Mais do que sócias, amigas. Mais do que amigas, parceiras. A produtora editorial Denise Faria, a tradutora Paula Salem Carpio, a advogada Mônica Saraiva, a bacharel em Direito Joseane Corrêa e a comunicadora Júlia Fonseca moram em estados diferentes, mas se encontraram na vida e em seus propósitos em um curso de formação em Linguagem Simples. 

Quem nos conta essa história é a Denise: “começamos nossa conversa entre ex-alunas de um curso de Linguagem Simples, o Comunica Simples, da Heloisa Fischer, pioneira na área. Havia um grupo de WhatsApp de alunos que se formou, com a intenção de conversar, trocar experiências, fazer networking. Em um certo momento, a Julia nos convidou para nos reunirmos e fazermos um brainstorm sobre o que poderíamos fazer após o curso. Nós quatro nos reunimos e foi uma simpatia e uma empatia instantânea. Saímos da reunião com um querer bem, mesmo sem nos conhecermos pessoalmente, mas as coisas que conversamos nos fizeram  perceber que tínhamos um sentido comum: usar a Linguagem Simples para levar uma comunicação empoderadora para a população de uma maneira geral”.

Júlia relata que, desde o início, percebia o potencial de transformar aquela conexão que elas sentiam com a Linguagem Simples e também entre si. “Vi que aquilo era um negócio logo na primeira conversa. Eu percebi que poderíamos formar uma empresa e contribuir com a sociedade, com o setor público e também o privado. Eu sempre vi um potencial muito grande”, destaca Júlia.

Propósitos da relação societária 

Nas relações societárias, as partes envolvidas precisam convergir para que juntas possam construir algo que faça sentido para todas. Esse talvez seja um dos aspectos mais desafiadores no momento em que se decide criar uma empresa em sociedade. Para Paula, essa convergência acontece no propósito que elas têm em comum: “eu também estava com muita sede de uma coisa que me desse mais propósito. Eu não sentia tanto a minha potencialidade sendo explorada no meu trabalho atual. Tem pessoas com quem se fala sobre propósito e aquilo soa como se você fosse uma adolescente romântica, algo idílico. E minhas sócias entendem o que é propósito. Conseguem ver as ferramentas que temos e, a partir delas, criar algo diferente”. 

Não há uma receita para o sucesso. Até porque, mesmo se houvesse, as particularidades de cada indivíduo dentro de uma relação societária colocariam em xeque esse milimétrico equilíbrio de fatores. Por outro lado, alguns processos nos auxiliam a prosperar mesmo diante dos percalços.

É preciso autoconhecimento, algo fundamental para que se estabeleçam relações equilibradas – porque sabemos que ter afinidades e metas em comum são importantes, mas não são o suficiente. 

Para Paula, o espírito colaborativo é o elo mais forte entre as sócias da Agência Clara e Simples, ao mesmo tempo que a admiração mútua e o reconhecimento da determinação e dedicação de cada uma também ajudam a sustentar esta relação: “[em 2024], apresentamos uma aula na USP e eu senti real admiração pela “cabeça” das minhas colegas. Confio no conteúdo e na seriedade delas.”

Um contrato claro e simples, como a agência 

Por trabalharem com Linguagem Simples, elas sentiam a necessidade de que o contrato social da agência fosse coerente com o seu propósito. Em um congresso da área, o PLAIN’s 2023 Conference, Júlia conheceu a advogada Fernanda Guerra e se aproximou da abordagem dos Contratos Conscientes.

“Lá no congresso, na véspera do evento, todos os brasileiros resolveram jantar juntos. Por acaso, estava sentada ao lado da Fernanda. Escutei ela falando de Contrato Consciente ®, e mesmo sem ter a menor ideia do assunto, quis saber mais. Ela começou a explicar e eu achei uma proposta incrível. Tão necessário, humano, consciente de verdade. Não precisa ser do jeito que é atualmente, que ninguém entende. E não tem que entender, porque não tem que ser assim. Quando ela me mostrou que tinha outra abordagem, que levava em consideração os indivíduos, as vontades de cada um, os propósitos e realmente contribuía para os envolvidos no contrato, achei aquilo sensacional”, sublinha Júlia. 

Denise já tinha uma empresa própria há duas décadas e, por conta disso, já conhecia as dinâmicas para a construção de uma sociedade e de um contrato social. Ela viu nos Contratos Conscientes algo diferente de tudo que já tinha vivido no mundo empresarial: “quando a Julia trouxe essa ideia do Contrato Consciente®, falamos ‘vamos juntar o processo de pensar como vamos nos estruturar e formalizar isso, mas fazer isso de um modo diferente’. Como nos conhecemos, resolvemos trabalhar juntas e o que queremos fazer é algo diferente, faz sentido o contrato ser diferente também”, ressalta Denise. 

Para Júlia, que também já tinha fundado uma empresa, a experiência de co-criação também ajudou a entender as confusões internas, assim como as forças daquela sociedade que estava nascendo. “Eu tenho uma outra empresa, então já passei por essa parte de fazer um contrato. Foi um processo frio, distante. No caso da Fernanda, nos sentimos amparadas e acolhidas no processo. Ela está nos ouvindo, somos nós que estamos ali naquele texto. É a gente, tanto no lado bom quanto no lado ruim. Nossas confusões mentais também estão ali, isso faz o processo ser mais honesto, digno e completo”.

Como cada sócia está em um estado, as reuniões são virtuais e marcadas na agenda. Apesar de não existir a espontaneidade de estar juntas, no mesmo espaço físico, o contrato trouxe a oportunidade de cada uma colocar à mesa os seus desejos, receios e expectativas para aquela relação.

“Eu enxerguei que o ‘eu’ importa. E o ‘nós’ também importa. A empresa não é só a parte formal, a prática, a rotina. Faz diferença quem a gente é, como personalidade, para lidar entre nós e criar uma agência. Tem um propósito, tem um objetivo. Não é só “cada um tem sua função e acabou”, observa Júlia.  

No desenvolvimento do Contrato Consciente da Agência Clara e Simples, foram utilizadas ferramentas como a facilitação de diálogo, a comunicação não-violenta, legal design, visual law, além, é claro, da Linguagem Simples. A partir disso, o contrato criou um ambiente de clareza, transparência, comprometimento e confiança entre as envolvidas.

Segundo a advogada Fernanda Guerra, “retirar o poder do contrato em si e colocá-lo nas pessoas, é sair do paradigma da inocência, onde depositamos no outro o cuidado que gostaríamos de receber na relação”.

Sobre o escritório Fernanda Guerra Advocacia

Somos um escritório de advocacia inovador, liderado por Fernanda Guerra, atuante há mais de 20 anos. Propomos uma advocacia consciente e o exercício do Direito do futuro e integrativo atuantes na mudança e inovação jurídica por meio de métodos extrajudiciais, legais e extraordinários.

Sustentamos uma visão multidisciplinar que alia sólidos conhecimentos jurídicos ao que há de mais moderno no Direito, como Contratos Conscientes ®, Linguagem Simples, Legal Design e Visual Law.

Possuímos uma visão integrativa, sistêmica e pacífica do Direito. Representamos, na América Latina, o movimento internacional Legal Change Makers, apoiado pelas advogadas americanas Linda Alvarez e J.Kim Wright, referências mundiais no desenvolvimento de Contratos Conscientes ®.

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